terça-feira, 28 de maio de 2019

MANAUS... O Porto da minha Mãe


Minha mãe Léa, Eleanor Moreira Ribeiro, nasceu em Manaus, filha única do português José da Costa Moreira e da síria Maria de Lourdes Zalf... Meu avô trabalhou a vida inteira na tradicional "Drogaria Universal" desde ainda menino quando chegou em Manaus com sua família de imigrantes (Tio Ângelo e Tia Micas)... Ela da mesma forma com sua família (Tio Assen Zalf e Tio Anoah Zalf)... Todos naturalizados brasileiros... É o que me lembro deles.




Porto de Lenha é uma canção de 1991 composta e interpretada pelo músico amazonense Zeca Torres. A letra desta musica é uma obra de arte... Minhas homenagens ao Torrinho.

De "Porto de Lenha" ao "Porto Roadway"... O maior porto flutuante do mundo... Um espetáculo na entrada da cidade... "Porto de Lenha (CANÇÃO)" que inspirou a canção do meu amigo "Torrinho-1970" e "Porto Roadway (MANAUS)"... a entrada ou ESTRADA do Rio Negro, Solimões, Madeira e Amazonas.





Da esquerda para a direita: Meu pai e minha mãe, tia Micas e Lourdinha, tia Telma, meu querido e saudoso avô Moreira, tia Esmeralda (esposa de tio Ângelo, irmão do meu avô) e minha querida e saudosa vozinha Lourdes.




Meu pai e minha mãe casaram-se no dia 30 de Maio de 1953 na 1ª Igreja Batista de Manaus, Rua Joaquim Nabuco com Rua Dr. Machado.







Quando meu pai decidiu vir para Manaus estudar Medicina, estivemos morando na casa dos meus avós maternos por uns tempos na Rua Leonardo Malcher, 1253, esquina com Av. Getúlio Vargas... Daquela casa tranquila e aconchegante que eu brincava na sua calçada alta, e o portão por onde meu pai e minha mãe tantas vezes passaram... Só resta agora um abandono... Foi vendida tempos atrás e o novo dono desapareceu!!!






Meu avô Moreira saia cedo pra trabalhar, caminhando pela Av Getúlio Vargas até chegar na "Drogaria Universal" na Rua Marechal Deodoro... Saia para o almoço às 11 e meia "em ponto, todos os dias", caminhando pela Rua Tapajós e subia a Av. Leonardo Malcher até a casa... Tomava banho e comia a comidinha árabe que a vó Lourdes fazia muito saborosa, sempre acompanhada com "Vinho Raposa"... Depois cochilava um pouco na sua rede atada na sala... Voltava ao trabalho à tarde fazendo o mesmo  percurso de ida e volta... E quando voltava à tardinha parava num boteco perto da casa e tomava EXATAMENTE e NUNCA MAIS QUE duas cervejas e dois ovos cozidos... Assim, todos os dias... "Meu avô era um português pontual como um inglês de puro sangue".


Ás vezes me levava na parte da tarde pra ficar com ele na drogaria... Lá eu andava por todos os cantos livremente (meu avô era gerente) e todos me davam muita atenção... Tinha lá um elevador interno que servia para elevar e baixar caixas de medicamentos (a drogaria tinha 3 andares)... Eu gostava de descer até a parte de baixo que dava acesso ao setor de perfumaria com portas para a Av. Eduardo Ribeiro quase em frente ao "Relógio Municipal"... Era nesse setor que antigamente funcionava o serviço de "Aplicação de Injeções" onde meu pai trabalhava quando conheceu minha mãe.


Meu avô Moreira tinha verdadeira predileção por mim... Apesar da indisposição criada por meu pai de não ter assentado "Moreira" no meu nome (todos os meus irmãos têm)... Isso era muito constrangedor para ele... Mas sendo eu o primeiro filha da sua MAIS DO QUE PREDILETA FILHA ÚNICA (note seu olhar nessa foto acima)... fazia todos os meus gostos.


Então (como era o gerente) saia comigo pelo meio da tarde pra lanchar (só eu lanchava)... Quase sempre uma abacatada e um misto quente na "Lanchonete Frial"... Depois, se fosse o caso, me levava pra cortar o cabelo na "Barbearia Fígaro Del Reique tinha um público seleto e cativo na "Galeria Central" que atravessava da Rua Marechal Deodoro para a Av. Eduardo Ribeiro em frente ao "Relógio Municipal".


Ás vezes me levava pra ver um filme no "Cine Odeon ou Cine Avenida"... Foi com que assisti ao filme "Marcelino Pão e Vinho".



(Um frade franciscano conta para uma menina doente a lenda de Marcelino, um bebê que foi deixado na porta do mosteiro e criado pelos religiosos. Após frustradas tentativas de entregá-lo para adoção, acaba sendo criado pelos doze frades franciscanos. Marcelino cresce fazendo travessuras e levando todos no convento à loucura com sua desobediência e imaginação; mediante a solidão e a falta de crianças de sua idade para brincar, se diverte inventando apelidos para os frades, cria um amigo imaginário chamado Manuel, inventa histórias inacreditáveis. Uma das histórias que relata, porém, desafia a curiosidade dos religiosos, que a resolvem conferir pessoalmente, constatando com surpresa o divino poder da inocência, e Marcelino se torna o protagonista de um milagre que marcará para sempre o vilarejo espanhol onde ocorre a história.) 


Eram dois belos cinemas, Avenida e Odeon; o melhor e mais concorrido salão de beleza, Messody; vestuário masculino para os senhores, só na Capri; para os jovens, Embalo’ s e Semog’s; camisetas Hering e malas para viagem, na Loja Vitrine; Mansour e Marabá tinham os melhores e mais belos tecidos do Planeta Terra. Na Quatro e Quatrocentos (depois Lobrás, hoje Marisa) tinha “de um tudo”; a inigualável esquina do fuxico, onde nada passava batido; a barbearia Fígaro Del Rei na Galeria Central tinha público cativo – passagem da Eduardo Ribeiro para a Marechal Deodoro, pertencente a empresa JG Araújo. As lanchonetes Frial – o sanduíche de queijo vinha com uma fatia fina, quase transparente, digna de figurar no guiness book -,  Go Go e Siroco.  Próximo ao Teatro Amazonas, tem a esquina que diziam ter uma caveira de burro enterrada – nada que ali fosse montado se estabelecia. A Credilar Teatro – antes Fábrica de Guaraná Baré -; as sedes do O Jornal e Jornal do Commercio; o Bar e Sorveteria Avenida (hoje Bradesco) e a Confeitaria Avenida. Que Kibom, Cremel, Gelar que nada! O melhor picolé do mundo era da Sorveteria Pinguim, e de sorva;  a banana split e sandae  da  lanchonete da Lobrás eram imbatíveis(*Trecho copiado na íntegra do site http://idd.org.br/a-avenida-eduardo-ribeiro-que-eu-conheci/)... 






Do "Cine Gruarany" guardo memórias à parte... Meu avô Moreira comprava pra mim muitas revistas em quadrinhos da época, os famosos "Gibis" (Batman, O Fantasma, Zorro, Flecha Ligeira, Almanaque Disney, Tex Willer, Mandrake, etc.)



Domingo pela manhã eu ia ao "matinê" no "Cine Guarany" e antes de iniciar o filme a molecada trocava seus "gibis" na entrada do cinema... Era uma alegria sem igual!!! (Um detalhe: somente no Cine Guarany a garotada se encontrava para trocar gibis).





E por falar em "Gibis" lembrei agora que depois dessa época voltamos para Parintins... Meu pai abriu a "Drogaria Ribeiro Júnior" na nossa própria casa na Rua Cel. José Augusto defronte ao "Colégio Batista de Parintins" (Essa parte da história vou continuar no link "PARINTINS... a Ilha do meu Pai", ok... (Clique para ir direto).



segunda-feira, 27 de maio de 2019

PARINTINS... A Ilha do meu Pai



Meu pai, José Barbosa Ribeiro, nasceu em Parintins, filho primogênito do farmacêutico Matheus Penna Ribeiro e de D. Tereza Barbosa Ribeiro (prendas do lar)...  Meu avô, vindo de Belém do Pará, fixou moradia em Parintins...  a "Ilha Tupinambarana" do "Boi Garantido" e do "Boi Caprichoso", e estabeleceu a "Pharmacia Popular", hoje "Drogaria Popular", tornando-se o 1º Farmacêutico do Baixo e Médio Amazonas.

Chico da Silva, é um compositor parintinense, cujas poesias e melodias poéticas, são de raríssima beleza e sensibilidade.









Meu avô viveu 102 anos... Salvou muitas pessoas com suas fórmulas medicinais... Inventou diversos medicamentos milagrosos como a "Parasitina" e a "Loção Popular"... e muitos outros preparados manipulados. Navios Holandeses, Ingleses e Americanos "atracavam" no "Trapiche de Parintins" somente para despachar caixas de madeira com Compostos Químicos, Essências e outros Fármacos protegidos com palha (raspas de madeira bem fininhas) encomendados por "Seu Mateus" para os seus preparos miraculosos.








Tempo do "Biotônico Fontoura", "Emulsão Scott", "Pomada Minâncora", "Um Minuto"...




e das estórias do "Jeca Tatuzinho" de Monteiro Lobato... a gente chama apenas "Jeca Tatu".


Meu avô Matheus foi "Pregador Leigo" da "Casa de Oração de Parintins" por muitos anos, mas minha avó Tereza Barbosa Ribeiro era uma "batista" fervorosa e deu luz a 14 filhos, 7 homens e 7 mulheres... Mau pai o primogênito. 
Todos foram criados dentro dos preceitos evangélicos e receberam os melhores ensinos familiares e escolares resultando na irrepreensível transmissão do caráter e honra que lhes valeram a formação acadêmica em diversas áreas...
3 médicos, 2 químicos, 2 advogados e 1 desembargador, além dos farmacêuticos naturais que herdaram as virtudes medicinais desse homem que fez história em Parintins onde sua memória é homenageada nos nomes de duas entidades... "Centro De Formação Profissional Matheus Penna Ribeiro" e "Laboratorio Regional Matheus Penna Ribeiro".






Meu pai trabalhou por vários anos com meu avô na "Drogaria Popular" onde aprendeu as bases de enfermagem e medicina aplicando injeções e prescrevendo remédios aos ribeirinhos que davam total preferência pelo atendimento da "Família Ribeiro" até mudar para Manaus onde foi trabalhar na grande "Drogaria Universal" concorrente da não menos tradicional "Drogaria Rosas".



Na Drogaria Universal conheceu a minha mãe, uma moça muito bonita, requintada e filha única do meu outro avô, Sr. José da Costa Moreira (Português) e de D. Maria de Lourdes Zalfa Moreira (Síria) o qual era o Gerente Geral da Drogaria Universal, portanto, chefe do meu pai que teve o privilégio de fazer as aplicações de injeções vitamínicas (Thiaminose) na senhorita Eleanor por indicação médica por causa de esgotamento devido aos estudos "puxados" do "Colégio Auxiliadora de Manaus".




Meu pai, decidiu fazer o "Seminário Batista" no Recife e formou-se como "Bacharel em Teologia e Filosofia" o que lhe valeu o cargo de Diretor do "Colégio Batista de Parintins" onde por muitos anos trabalhou até mudar para Manaus quando doutorou-se na 1ª Turma da "Faculdade de Medicina da Universidade do Amazonas".


 O Dr. José Barbosa Ribeiro exerceu a digníssima profissão de médico por muitos anos atuando como "Clínico Geral", "Pediatra" e "Obstetra" em vários hospitais e postos de saúde de Manaus, Parintins, Manacapuru, Itacoatiara e outras cidades do Amazonas.


Foi Assessor Especial da Secretaria de Saúde do Amazonas na administração do Dr. Euler Ribeiro (1984-1987), Médico-Chefe do Governador do Amazonas Amazonino Mendes (1987 a 1990) e Diretor de diversos Hospitais, inclusive foi Médico Cooperado da UNIMED-Manaus pelo que recebeu tratamento diferenciado até a sua partida.




Mas... do que mais ele gostava mesmo... era de passear no seu barco... sempre teve um barco ou uma lancha  pra passear... o último foi o "Selvagem"... que sempre nos traz saudosas lembranças.






Meu pai foi um apaixonado pelos rios do Amazonas, daí a paixão pelos barcos... Houve um tempo em que ele adquiriu um lancha da Missão Adventista de Parintins que estavam renovando a frota de lanchas médias e pequenas por embarcações maiores.


O nome origina da lancha era "Luzeiro V", depois meu a batizou de "Ribeiro Júnior".

Quero aqui fazer uma menção honrosa e saudosa ao meu tio-avô "Pr. José Penna Ribeiro", o "tio José"... um missionário da "Igreja Evangélica Casa de Oração" de Santarém/PA, também apaixonado por barcos e que fazia seus trabalhos missionários nas comunidades ribeirinhas dos rios Tapajós, Arapiuns e Ituqui nas proximidades de Santarém levando as "Boas Novas do Evangelho" pilotando o seu seu próprio barco regional.





Neste ponto quero continuar a falar o que comecei no outro link "MANAUS... o Porto da minha Mãe" onde relembrando as trocas de "Gibis" em frente ao "Cine Guarany" lembrei agora que logo depois dessa época voltamos de Manaus para Parintins...

Meu pai abriu a "Drogaria Ribeiro Júnior" na nossa própria casa na Rua Cel. José Augusto defronte ao "Colégio Batista de Parintins" dirigida ainda pelo Pr. Eduardo França Lessa... Um guardião da palavra de Deus e dos bons costumes em Parintins comparável apenas à Diretora Ivone do "Instituto Batista Ida Nelson" de Manaus no tocante à administração firme e ordeira de quem fui um de seus alunos quando fiz o antigo "Curso Ginasial".

Pois bem... Ali na frente da Drogaria eu colocava em exposição os "gibis" que meu avô Moreira continuava a enviar para mim todas as semanas... As pessoas passavam bem na minha frente... Umas para o centro da cidade em direção ao "Cine Saul" e outras ao contrário indo para o "Cine Kimura"... Paravam e compravam as revista e eu ainda de quebra vendia um tal de "Rala-rala" que minha mãe preparava para mim.


O "Rala-Rala" era uma espécie de "refresco" de groselha, framboesa, guaraná ou limonada servido em um COPO DE VIDRO (ainda não existia copo descartável) com um pouco de GELO RALADO que eu comprava em pedra na fábrica de gelo do mesmo Kimura dono do cinema.

O gelo em pedra era RALADO com uma maquininha feita em alumínio, tipo uma caixinha com tampa que era ESFREGADA pra lá e pra cá sobre a pedra de gelo, e uma lâmina por baixo do "rala-rala" RASPAVA" uns FARELOS de gelo que se depositavam dentro da "caixinha"...

Ao servir, a tampa era aberta e o "farelo de gelo" derramado dentro do copo com o refresco... Todo mundo ADORAVA esse negócio... Ah!!! que tempo bom.

Lembrando daquele "tempo bom" lembrei da canção do grande poeta parintinense Chico da Silva que relembra com saudade um passado que nunca mais irá voltar...


Só um pequeno detalhe daquele tempo é que as geladeiras eram a QUEROSENE... E não era pra qualquer um não... Então tomar um refresco de "Rala-Rala" bem geladinho era o máximo!!! Veja só essas propagandas da época...




Dá pra sentir o drama???




A partir deste espaço quero postar
Algumas Lembranças
dos Álbuns de Família
da minha mãe Léa 
(que adorava "tirar" fotos da gente)
































Minha Homenagem Póstuma
à minha querida Tia Ana

Há dias venho querendo postar duas fotos antigas que encontrei nos álbuns de família, mas nunca tenho tempo de atualizar este meu blog que ainda tem muita história pra contar.

Ontem, quarta-feira, dia 26 de março de 2021, foi um dia muito triste... Perdi a última tia querida irmã mais nova do meu paizinho...

Tia Ana (Ana Tereza Ribeiro de Souza).

Sempre acompanhava suas postagens no Facebook e admirava sua posição firme em favor do bem, tanto das coisas relativas à vida, à nossa família, quanto às suas determinações político-ideológicas primorosamente democráticas, sempre vislumbrando ao longe, um Brasil mais unido, mais humano, mais justo, mais brasileiro...

Minha Tia Ana... Sábia como a minha querida e saudosa Vó Tereza... Sua mãe cristã que soube transmitir não só a ela, mas a todos os meus tios, tias e sobrinhos o amor a Deus, as bases de caráter, honra e dignidade que sempre foram a "marca" dessa família Ribeiro... Nobre por natureza herdada de um homem íntegro e visionário, o meu avô Matheus, o primeiro farmacêutico do "baixo amazonas" que certamente mostrou os princípios fármacos medicamentosos àquela mocinha que um dia deixou Parintins para estudar se formar em Química.

Tia Ana sempre tinha uma palavrinha, senão uma "curtidinha" nas "proezas" de cada um de nós no Facebook... Seremos sempre muito gratos de termos tido a felicidade e a grande bênção de sermos seus sobrinhos... Que o nosso amado e bondoso Deus conforte os nossos corações.



Nesta foto bem antiguinha... Acho que eu tinha uns 7 a 8 anos de idade, Keila uns 6 e Jôse uns 4 ou 5... Tio Evandro sempre com esse jeitão de "cantor americano country Bob Dylan" e Tia Ana com o jeitinho meigo de "Rita Pavone ou Celly Campello" em uma tarde quando a gente era bem "piquinininhos lá em Parintins" na frente da "Pharmácia Popular" na rua Benjamim da Silva... Estavam passando umas férias na "Ilha do meu Pai".



Esta outra foto é do "fundo do baú"... Vemos Tio Guilherme, Tia Ana e Tio Evandro bem alegres...

De acordo com o nobre primo Guilherme Júnior, tio Guilherme na época era VEREADOR de Parintins... E como o mais expressivo dos "RIBEIROS" na época foi recepcionar tio Evandro e tia Ana vindos de Manaus.

Não sei se estavam "posando" pra viajar ou se tinham "pousado" no antigo "Aeroporto de Parintins"... Acho que nem era ainda "Aeroporto Júlio Belém" (Sigla PIN - IATA).

Isso não importa muito agora... O romântico é ver esses três jovens futuristas "posando" em frente do afamado "Douglas DC-3"... Bimotor de metal de asa baixa com um trem de pouso na traseira da cauda, propulsionado por dois motores a pistão radial Pratt & Whitney R-1830 Twin Wasp de 1.200 cavalos de potência. Desenvolvia uma velocidade de cruzeiro de 207 km/h, com capacidade para 21 a 32 passageiros ou 2.700 kg de carga, alcançava 2.400 km e podia operar em pistas curtas como o "campo de pouso" de Parintins.

Pois bem... Hoje encontrei um tempinho muito valioso pra atualizar esse blog com estas duas fotos bem antigas e significativas em homenagem a essa tia querida que muito nos inspirou com sua vida simples honrada e ordeira, com suas palavras e conselhos de sabedoria, com sua "garra" e determinação em suas convicções... Que Deus nos abençoe.








A partir deste ponto quero continuar a falar o que comecei no outro link "MANAUS... o Porto da minha Mãe" onde relembrando as trocas de "Gibis" em frente ao "Cine Guarany" lembrei agora que logo depois dessa época voltamos de Manaus para Parintins...



Ainda tenho muita coisa pra escrever aqui...
Quando eu tiver um tempinho atualizo esses tópicos:


Moramos um tempo na (ANTIGA) Travessa Amazonas (Chão batido)

Na época de Boi dançava na frente das casas e no pagamento aos brincantes o dono da casa recebia a "linga do boi" como "Recibo" e recordação.

Um certo dia pela manhã meu pai acordou um bêbado "apagadão" com éter no nariz.

Até hoje lembro com tristeza IMENSA de uma menina que morreu bem pertinho de casa na (ANTIGA) Travessa Amazonas.

Meu primo "Mateuzinho" morreu de tétano e sabia cantar muitas músicas dos Beatles... Foi um DESASTRE espiritual para mim na época, pois não conseguia entender porque Deus não escutou as minhas orações.

Lembro também do quintal da minha vó Tereza, das suas plantas, da sua paz sublime estampada na sua face meiga e gentil...  Da sua sabedoria infinita.

E lembro do velho "Vavanilo" que "fazia de tudo" na Drogaria Popular... Abria as caixas de medicamentos para o tio Daniel... Fazia "mandados" pra tia Laura, tia Quésia, tia Telma e pra vovó Tereza... Fazia as compras no mercado, etc.

Lembro das flores do jardim da vovó Tereza que ela cuidava tão bem.

Tenho uma foto do tio Evandro e tia Ana, com Keila e Jôse... E outra do Tio Eduardo, Tio Evandro e Tia Ana na frente de um Douglas DC-3 no Aeroporto de Parintins

. Uma certa vez Tio Evandro tinha acabado de chegar dos Estados Unidos e me deu de presente um GRAVADOR DE FITA MAGNÉTICA (eram dois rolos).

Acho que ele esteve no Festival de Rock Woodstock, ocorrido em agosto de 1969, nos EUA, que marcou uma geração de jovens ligados aos ideais do movimento hippie e ao rock'n roll.

Lembro de uma frase que o tio Eduardo disse MUITO ESPANTADO quando LULA ganhou para presidente na primeira vez... "Deixaram essa cara ganhar mesmo!!!"

Tenho algumas lembranças bacanas de um velho amigo de Parintins e sua Moto Honda Twin... Erivaldo Maia, irmão de Emerson Maia (Boite Eco's)  e (Toadas do Garantido - Anunciei Boi na Cidade), e Antonio Faria, outro saudoso amigo, irmão de meu "xará" Zezinho Faria.

Alfredo Vieira (Boi Caprichoso) e dono do barco "Djard Vieira" na época.

Fiz uma toada para o Boi Garantido "Jogaram a cabeça do boi contrário na ribanceira" no balcão da "Central Drogas" ao lado do Mercado Municipal que foi muito tocada na "Rádio Alvorada de Parintins" com Paulinho Faria.

Eu cantava num conjunto "banda" da nossa da época "The Glad Boys" todos os domingos na "Manhã de Sol no Chapéu de Palha do Eládio Carneiro"... Empresário XISTO, Guitarrista Geraldo (muito meu amigo), e outros integrantes que não lembro os nomes agora.



















Minha mãe  Léa , Eleanor Moreira Ribeiro, nasceu em Manaus, filha única do português  José da Costa Moreira  e da síria  Maria de Lourdes Za...